Admito que sou bastante curioso no que toca a saber, de antemão, tudo sobre um filme que me interesse. Isto é, sou um ávido consumidor de sinopses e trailers. Mas de vez em quando surge um filme sobre o qual não sei nada. Assim assisto-o como se de uma tela branca se tratasse, sem ideias pré-concebidas.
Sleuth foi um desses filmes. E, ao contrário da critica, achei-o magnifico. Uma degladiação entre dois actores brilhantes, que nos vão levando, de surpresa em surpresa, até ao epílogo da história. Um filme, encenado como uma peça, num cenário surreal e ambíguo. Michael Cane é brilhante, como sempre. Alias, é ele que carrega este filme às costas, com a sua genialidade e experiência. Jude Law é um grande actor, sem dúvida alguma, mas apenas sobressai no acto final, onde se nota a sua verdadeira capacidade para a representação. Apenas isso falha no filme.
A curiosidade ataca depois de sair da sala de cinema, e aí descubro que este filme é um remake de um original de 1972, onde Michael Cane desempenhara o papel que coube a Jude Law, nesta nova versão. A partir dai percebo o porquê da crítica arrasadora; a comparação entre a obra-prima e o remake. Mas a crítica vale o que vale, assim como o que aqui escrevo...
Resumindo, um óptimo filme, duas grandes interpretações, uma história diferente.
Recomendo a quem não se aborrece de ver um filme de 86 minutos, apenas com dois actores e um cenário.
Pontuação: 7,5/10
Sem comentários:
Enviar um comentário