Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal - Crítica

É sempre algo de especial voltar ao cinema para ver grandes clássicos, pelos quais crescemos a adorar e admirar, renascidos para as novas gerações. Aconteceu com a Guerra das Estrelas e acontece agora com Indiana Jones.
Muitas vezes, a ansiedade de querer fazer algo grandioso para agradar a geração CGI, habituada que está aos efeitos especiais até num filme low-budget, torna o produto final bastante fraquinho. Aconteceu isso com o Episódio I da Guerra das Estrelas, mas felizmente, Indy 4 não sofre do mesmo mal.
Harrison Ford regressa em grande ao papel que desempenhou tão bem na trilogia original de Indiana Jones. Apesar das limitações físicas amplamente notadas, e outra coisa não seria de esperar pois a acção deste novo filme acontece quase vinte anos depois de A Última Cruzada, Ford desempenha o papel com a mesma energia que o desempenhou vinte anos antes. A história é bastante boa, recheada de elementos muito íntimos a Indy, e que o tornaram no maior arqueólogo do cinema mundial. Grandes participações de Shia LaBeouf (o menino bonito de Hollywood), Karen Allen (que regressa à pele da personagem que interpretou n’Os Salteadores da Arca Perdida), e claro Cate Blanchett (simplesmente brilhante no papel de uma oficial russa).O filme está carregado com o habitual humor sarcástico de Indiana, mas também de muita acção, sendo que destaco a cena da explosão nuclear. Em tempos houve alguém que disse: como era possível fazer uma coisa tão bela de algo tão terrível (referindo-se à núvem-cogumelo típica das explosões nucleares).
O único elemento que destaco, negativamente, em toda a narrativa, é a cena final da descolagem da nave espacial, muito ao estilo X-Files: The Movie. Penso não era necessário ir tão longe...
Uma última palavra, recomendadissimo.

Pontuação: 8,8/10