The Dark Knight - Crítica

Depois de tantas espectativas, de tantos meses de espera....de tantos posts sobre tudo o que sequer se aproximasse da obra de Christopher Nolan, chegou finalmente a oportunidade de apreciar The Dark Knight em todo o seu esplendor.

Escusado será dizer que nenhuma das espectativas sairam goradas. The Dark Knight é, sem sombra de dúvidas, uma obra-prima em toda a sua glória. E mesmo passados alguns dias de o ter visionado, continuo sem conseguir descrever fielmente a maravilha que presenciei durante 157 minutos.

Tudo neste filme é perfeito, a banda sonora a cargo de Hanz Zimmer e James Newton Howard, que 'embrulha' na perfeição o verdadeiro regalo para a vista, as maravilhosas imagens com que Nolan nos presenteia. A fotografia, a cargo de Wally Pfister, está simplesmente irrepreensível.

Os cenários foram todos desenvolvidos de uma forma muito noir dando na perfeição aquele toque especial a uma Gotham que fervilha por alguma acção... e crime, coisa que deixou de haver desde que Batman entrou em acção. Isto é, fervilha por um antagonista que faça frente ao poderoso protagonista. E quem melhor que Joker para vestir essa pele de terrorista sem regras, sem leis, sem rumo, para aterrorizar uma cidade, e mais propriamente, um super-herói. O termo terrorista assenta que nem uma luva a este Joker, um personagem que pratica o mal pelo simples prazer de o praticar, não por dinheiro ou pela religião; apenas porque tudo aquilo lhe dá um enorme prazer. O seu código de conduta está em branco. Tal como o próprio diz : - "Improvisando conforme vai caminhando.".

Assim, chegamos à análise das personagens, e tanto já se tem dito....mas concordo com todas as que mencionam que Heath Ledger deve ficar para a história como o primeiro actor a receber um Óscar a título póstumo. A sua interpretação do vilão Joker é fenomenal. Heath entra na pele de Joker de uma maneira que até arrepia, levando à letra o lema deste vilão sorridente. Já era de prever quando o grande Michael Cane, referindo-se ao papel de Heath Ledger, que tinha sido a personagem mais assustadora que já tinha visto. Não admira portanto que Heath Ledger se tenha sentido completamente esgotado depois de filmar The Dark Knight. O seu desempenho revela uma entrega total, e um estudo da personagem bastante aprofundado, dando-lhe o seu toque especial. Os tiques, o nervosismo latente, toda aquela excitação de miúdo numa loja de brinquedos. Tudo isso é encaixado de uma forma brilhante na personalidade de Joker. Tal como o próprio diz no prólogo do filme: - "Eu acredito que, aquilo que nos mata, apenas nos torna mais estranhos...".

No fim de tudo fica a tristeza ao pensar o quanto este grande actor ainda tinha para dar....

Neste filme, Christian Bale torna-se uma sideline do filme, mas continua a estar presente. Ele é o Batman, e o filme continua a ser sobre a sua vida. Mas a verdade é que o público deseja saber mais sobre esta lufada de ar fresco no mundo do crime de Gotham, e como o temível Batman o irá combater. Ai entra Bale, puxando os cordelinhos pela calada, fazendo o seu jogo de sombras, ajundando tanto o Inspector Gordon (Gary Oldman) como o promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), na sua luta contra as várias frentes do crime organizado. Todos eles estão brilhantes neste Batman, desempenhando personagens profundas, convictas dos seus principios de que é possivel combater o crime usando a lei como a sua arma mais poderosa.

No fim de todas as análises o rumo é claro....estou perante o melhor filme que estes olhos já tiveram o prazer de assistir. Portanto...

Pontuação: 10/10